Os dois são cearenses e, independente do talento
profissional de cada um, se identificavam pelo prazer que sentem na bebida.
O juiz, professor da faculdade de direito, gostava de beber
com os alunos após as aulas. Percorria os botecos da cidade em seu fusca azul e
só Deus sabe como é que ele conseguia chegar em casa.
Um dia, a mãe dele implorou para que deixasse essa vida
boêmia:
-
Meu filho, você, um professor universitário, um
juiz respeitado, não pode andar por aí, bêbado. Isso pode atrapalhar sua
carreira. Quem, vai nomear a desembargador um juiz que vive cheio de cana? Seu
carro já está ficando mais que conhecido. Quando você passa no seu fusquinha
azul fica todo mundo comentando "lá vai o juiz bebim". Uma vergonha,
meu filho.
-
Pode deixar mamãe , respondeu o filho. Vou
trocar o diabo desse fusca azul por outro carro.
Já o jornalista,que transformava seus drinques de fim de
tarde em prolongados porres, também, deu
resposta espirituosa quando a mulher ameaçou ir embora pra casa da mãe
dela.
Numa manhã de domingo quando chegava em casa depois de um
fim de semana na farra, deparou-se com a mulher, os filhos e malas parados no
portão. Quase que ele fica bom do porre quando viu aquela cena.
- Pra onde você vai com os meninos a essa hora?.
- Vou embora, não aguento mais essa vida de abandono. Sai de
casa na sexta e volta no domingo embriagado.
Cutucando os meninos para que chorassem alto, ela aproveitou
o clima de desespero para ameaçar:
- Vou pra casa da minha mãe, de onde nunca devia ter saído.
O jornalista, imediatamente, caiu de joelhos a seus pés e
implorou de mãos postas:
- Então me ajude. Faça uma promessa para que eu pare de
beber!
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